A Etimologia de Ekklesia: O Verdadeiro Significado de Assembleia

O estudo da Eclesiologia, que se debruça sobre a doutrina da igreja, deve iniciar-se necessariamente pela compreensão do termo que define esta instituição. A palavra "igreja", em nosso idioma, deriva do grego ekklesia. A definição precisa deste termo é fundamental para evitar interpretações equivocadas que permeiam o imaginário popular e até mesmo certos círculos teológicos.

Correção de Mitos Etimológicos

É comum ouvir a afirmação de que ekklesia significaria "chamados para fora", baseando-se em uma suposta junção da preposição ek (para fora) com o verbo kaleo (chamar). Embora popular, essa explicação etimológica não possui fundamento linguístico sólido e deve ser corrigida.

O significado real e literal de ekklesia é simplesmente assembleia, reunião ou congregação. A palavra não carrega, em sua raiz, a ideia teológica de separação do mundo, mas sim a ideia funcional de um ajuntamento de pessoas. O Novo Testamento oferece provas claras de que o termo era utilizado para descrever reuniões literais, inclusive aquelas sem qualquer caráter cristão ou religioso.

Em Atos 19, por exemplo, o termo ekklesia é utilizado no texto grego original para descrever um tumulto em Éfeso:

"Uns, pois, clamavam de uma maneira, outros de outra, porque o ajuntamento [ekklesia] era confuso; e a maior parte deles não sabia por que causa se tinham ajuntado." (Atos 19:32)

Neste contexto, a palavra traduzida como "ajuntamento" é ekklesia, referindo-se a uma multidão desordenada. O mesmo ocorre nos versículos 39 e 41 do mesmo capítulo, onde o termo é aplicado a uma assembleia legal e, posteriormente, ao ato de despedir a multidão. Isso demonstra que a palavra, originalmente, define o ato de reunir-se, e não necessariamente a natureza espiritual dos reunidos.

O Contexto Histórico e a Conexão com o Antigo Testamento

Historicamente, nos séculos VI e V a.C., a ekklesia era uma instituição política da Grécia Antiga. Tratava-se da reunião solene dos cidadãos de uma polis (cidade-estado) para deliberar sobre assuntos de interesse público, como mudanças nas leis, nomeações de magistrados, tratados de paz, guerras e questões financeiras. Embora essas reuniões pudessem ser precedidas por ritos a deuses pagãos, sua finalidade era política e social, não religiosa. A transição desse termo para o vocabulário do povo de Deus ocorre através da tradução do Antigo Testamento para o grego (Septuaginta). O termo hebraico equivalente é Qahal, que também significa assembleia ou congregação.

"Nenhum amonita ou moabita entrará na congregação [Qahal/Ekklesia] do Senhor; nem ainda sua décima geração entrará na congregação do Senhor eternamente." (Deuteronômio 23:3)

Portanto, Israel, ao reunir-se no deserto ou no templo, formava uma ekklesia — uma congregação. Estêvão, em seu discurso, refere-se a Israel como "a igreja [ekklesia] no deserto" (Atos 7:38), aludindo à assembleia dos israelitas no Monte Sinai.

A Igreja como Coletividade

Essa compreensão etimológica nos conduz a uma conclusão teológica vital para o Novo Testamento: a igreja é, por definição, coletiva. A natureza da igreja reside no ajuntamento, na comunhão e na interação entre os membros.

Não existe o conceito de "igreja de uma pessoa só". A fé cristã, embora exija uma decisão individual, é vivida em comunidade. A frase "eu sou a igreja", se utilizada para justificar o isolamento ou a desigrejamento, é imprecisa. Nós somos igreja quando estamos inseridos no corpo, reunidos em nome de Cristo. A promessa da presença manifesta de Jesus está vinculada à reunião:

"Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles." (Mateus 18:20)

A igreja, portanto, não é o indivíduo isolado, mas o coletivo dos santos. A etimologia da palavra reforça a necessidade da congregação presencial e da vida comunitária como essência do ser cristão.


O Surgimento da Igreja e a Distinção entre Israel e o Corpo de Cristo

Para compreender a identidade da igreja, é fundamental localizar o seu ponto de partida histórico e teológico. Uma análise cuidadosa do Novo Testamento revela que a igreja, como entidade espiritual habitada pelo Espírito Santo, tem um momento específico de inauguração.

O Início da Igreja: Do Evangelho aos Atos

Curiosamente, a palavra "igreja" aparece apenas duas vezes nos quatro Evangelhos, ambas no livro de Mateus. A primeira menção é uma promessa futura feita por Jesus a Pedro:

"Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela." (Mateus 16:18)

Ao dizer "edificarei" (no futuro), Jesus indica que a igreja ainda não existia naquele momento. A segunda menção ocorre em Mateus 18:17, no contexto de disciplina. Contudo, é somente no livro de Atos dos Apóstolos que o termo passa a ser utilizado com frequência para descrever a comunidade dos fiéis.

Isso nos leva à conclusão de que a igreja, propriamente dita, iniciou-se no dia de Pentecostes, narrado em Atos capítulo 2. Antes desse evento, os discípulos seguiam a Jesus, mas ainda não constituíam o "Corpo de Cristo" orgânico, pois lhes faltava o elemento vital: a habitação do Espírito Santo.

Conforme o Evangelho de João esclarece, a presença do Espírito estava condicionada à glorificação de Cristo:

"(E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.)" (João 7:39)

Portanto, enquanto Jesus não morresse, ressuscitasse e ascendesse aos céus, o Espírito não desceria para habitar nos crentes. Foi no Pentecostes, com a descida do Espírito, que a igreja ganhou vida. Lucas, autor tanto do Evangelho (onde a palavra igreja não aparece) quanto de Atos (onde ela abunda), reforça essa transição de um grupo de seguidores para uma instituição espiritual viva.

A Distinção entre Israel e a Igreja

Uma questão teológica crucial é a diferenciação entre Israel e a Igreja. Embora ambos formem o povo de Deus em diferentes dispensações, eles não são sinônimos.

Israel no Antigo Testamento era uma nação teocrática, caracterizada por uma etnia específica (judeus) e governada por leis civis e cerimoniais sob a Antiga Aliança. Israel era, simultaneamente, povo de Deus e Estado político.

A Igreja, por outro lado, nasce sob a Nova Aliança, estabelecida pelo sangue de Jesus. Ela não é uma nação geopolítica, não possui fronteiras territoriais e não se define por uma etnia. A igreja é um organismo espiritual composto por todos aqueles — judeus e gentios — que creem em Jesus e são batizados pelo Espírito Santo.

"Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito." (1 Coríntios 12:13)

Enquanto Israel era restrito a um povo, a igreja é universal e inclusiva. Ela transcende barreiras culturais e sociais. A igreja não substitui Israel na história, mas representa uma nova formação do povo de Deus, onde a habitação do Espírito é o selo distintivo. Portanto, a igreja é a união de povos e nações que têm em comum a profissão de fé em Cristo, tornando-se o santuário vivo de Deus na Terra.


As Três Grandes Metáforas Bíblicas: Corpo, Templo e Noiva

Para explicar a profundidade do mistério da igreja, o Novo Testamento recorre frequentemente a metáforas. Estas figuras de linguagem não são apenas ilustrações poéticas, mas definições teológicas que revelam a natureza, a função e o relacionamento da igreja com Deus e entre seus membros. Dentre as várias imagens utilizadas, três se destacam pela sua riqueza e frequência: o Corpo de Cristo, o Templo de Deus e a Noiva do Cordeiro.

1. O Corpo de Cristo: Interdependência e Liderança

A metáfora mais orgânica da igreja é a do "Corpo de Cristo". Esta imagem transmite duas verdades fundamentais: a interdependência dos membros e a soberania de Jesus. Em primeiro lugar, a analogia do corpo destaca que nenhum cristão é autossuficiente. Assim como em um corpo biológico, onde cada órgão desempenha uma função vital para o todo, na igreja, todos os membros são necessários.

"Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular." (1 Coríntios 12:27)

Paulo ilustra isso afirmando que o olho não pode dizer à mão "não tenho necessidade de ti". Da mesma forma, na igreja, não existe membro irrelevante. Embora algumas funções sejam mais visíveis ou "evidentes" — como a de um pastor ou líder de louvor — isso não as torna mais importantes do que aquelas exercidas nos bastidores. A saúde do corpo depende da operação conjunta de todas as partes.

Em segundo lugar, essa metáfora estabelece a hierarquia espiritual: Cristo é a Cabeça.

"Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo." (Efésios 5:23)

Reconhecer Jesus como o "Cabeça" significa reconhecer sua liderança absoluta. A igreja não pertence a líderes humanos, denominações ou hierarquias terrenas; ela tem um dono e senhor, que é Jesus Cristo. Ele coordena, direciona e dá vida ao corpo.

2. Templo de Deus: A Habitação do Espírito

A segunda metáfora define a igreja como um edifício espiritual ou santuário. No Antigo Testamento, a presença de Deus manifestava-se no Tabernáculo e, posteriormente, no Templo de Jerusalém. Na Nova Aliança, ocorre uma mudança radical de paradigma: Deus não habita mais em templos feitos por mãos humanas (Atos 17:24).

O novo endereço de Deus na Terra é o crente. A igreja, coletivamente, é construída como "pedras vivas" para formar uma casa espiritual.

"Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo." (1 Pedro 2:5)

Esta verdade é crucial para desmistificar a sacralização de prédios religiosos. Embora os locais de culto tenham sua importância funcional, eles não são, em si mesmos, a "Casa de Deus". A verdadeira casa de Deus somos nós.

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"Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" (1 Coríntios 3:16)

Historicamente, isso é corroborado pelo fato de que a igreja primitiva não possuía templos próprios. Durante os primeiros séculos, os cristãos reuniam-se majoritariamente em casas (Romanos 16:5; Colossenses 4:15), catacumbas ou locais discretos, especialmente em tempos de perseguição. A construção de templos cristãos só se popularizou após a legalização do cristianismo no Império Romano, a partir do século IV. Contudo, a teologia permanece inalterada: o Espírito habita em pessoas, não em tijolos.

3. A Noiva do Cordeiro: Afeto e Comunhão

Se a metáfora do corpo fala de funcionamento e a do templo fala de habitação, a metáfora da "Noiva" fala de intimidade, afeto e aliança.

A Bíblia utiliza a relação conjugal — a união mais profunda e sagrada entre seres humanos — para ilustrar o amor de Cristo pela sua igreja.

"Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou." (Apocalipse 19:7)

Esta imagem destaca que o relacionamento entre Jesus e a igreja transcende a relação de "Senhor e servo" ou "Mestre e discípulo". Há um componente emocional e pactual. Cristo ama a igreja a ponto de entregar-se por ela, e a igreja aguarda ansiosamente a consumação dessa união na eternidade. Identificar a igreja como Noiva é reconhecer que o cristianismo não é apenas um sistema de crenças, mas um relacionamento de amor profundo e exclusivo com o Salvador.


As Missões Fundamentais da Igreja na Terra

A igreja não é uma instituição estática; ela possui um propósito ativo e dinâmico enquanto aguarda o retorno de Cristo. Suas funções podem ser sintetizadas em quatro pilares fundamentais: a pregação, a edificação, a comunhão e o serviço social.

1. A Proclamação do Evangelho: O Dever de Todos

A missão primária da igreja é a evangelização. A ordem de Jesus, conhecida como a Grande Comissão, encontra-se registrada em Mateus:

"Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado..." (Mateus 28:19-20)

Há uma nuance importante no texto original grego que frequentemente passa despercebida. O verbo traduzido como "Ide" está no particípio (indo), enquanto o imperativo principal recai sobre a ação de fazer discípulos e pregar. Isso altera significativamente a compreensão da missão: a ordem não é apenas para missionários que viajam para países distantes, mas para todo cristão. A ideia é: "enquanto vocês estiverem indo" — seja para o trabalho, para a escola ou vivendo o cotidiano — preguem o Evangelho.

O Apóstolo Paulo compreendeu que sua obrigação não era apenas viajar, mas anunciar a Cristo onde quer que estivesse, inclusive na prisão:

"Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!" (1 Coríntios 9:16)

2. A Edificação dos Santos: O Cuidado Interno

A igreja não existe apenas para converter os de fora, mas para cuidar dos de dentro. A conversão é o nascimento, mas o crente necessita de crescimento e amadurecimento. Esta é a missão de edificação.

Deus instituiu ministérios específicos (apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres) com um objetivo claro:

"Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus..." (Efésios 4:12-13)

Atividades, cultos e ensinos voltados para os membros não são menos importantes que a evangelização. Se a igreja falha em edificar, ela corre o risco de perder para o mundo as almas que acabou de ganhar. O fortalecimento doutrinário e espiritual é vital para a permanência na fé.

3. A Comunhão (Koinonia): Proteção e Unidade

A igreja tem a missão de promover a comunhão. O cristianismo não foi desenhado para ser vivido isoladamente. A comunhão na Terra reflete e afeta nossa comunhão com os céus.

"Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu." (Mateus 18:18)

Uma analogia poderosa para entender a necessidade da comunhão é a tática de defesa de exércitos antigos. Quando sob ataque de flechas inimigas, os soldados se juntavam e erguiam seus escudos lado a lado, formando uma barreira impenetrável. Da mesma forma, a fé individual pode deixar áreas vulneráveis, mas a "fé conjunta" da igreja cria uma proteção robusta contra os ataques espirituais. Além da proteção, a comunhão serve para o estímulo mútuo às boas obras (Hebreus 10:24), combatendo o isolamento espiritual.

4. A Assistência Social: O Serviço ao Próximo

Por fim, a igreja possui uma vocação social inegável. A verdadeira religião, conforme Tiago 1:27, envolve o cuidado prático com os órfãos e as viúvas. A espiritualidade cristã não ignora as necessidades materiais.

Quando os líderes da igreja primitiva validaram o ministério de Paulo aos gentios, fizeram uma recomendação específica:

"Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência." (Gálatas 2:10)

A igreja deve exercer benevolência, priorizando os "domésticos na fé" (Gálatas 6:10), mas sem negligenciar o bem ao próximo em geral. Ao alimentar o faminto e vestir o nu, a igreja serve ao próprio Cristo (Mateus 25:35-40). Contudo, essa assistência deve ser criteriosa e organizada, visando o socorro real e a dignidade humana, e não apenas o assistencialismo desordenado.


A Dualidade Eclesiástica: Universalidade, Localidade e Organização

A doutrina da igreja apresenta uma dualidade rica que deve ser compreendida para evitar extremos. A igreja é, simultaneamente, universal e local, organismo e organização. Equilibrar esses aspectos é essencial para uma vida cristã saudável e biblicamente fundamentada.

Igreja Universal e Igreja Local

A Igreja Universal refere-se à totalidade dos salvos, de todas as eras e lugares. É a "noiva" única de Cristo. Jesus não possui múltiplas noivas, mas uma só, composta por todos aqueles que foram lavados pelo seu sangue.

"À universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus..." (Hebreus 12:23)

Este aspecto é invisível e espiritual, unindo crentes que talvez nunca se conheçam face a face nesta terra. Por outro lado, a Igreja Local é a manifestação visível dessa realidade universal em um tempo e geografia específicos. No Novo Testamento, vemos referências claras a igrejas situadas em cidades e casas, como a "igreja de Deus que está em Corinto" (1 Coríntios 1:2) ou as igrejas da Galácia.

Todo cristão é automaticamente inserido na Igreja Universal no momento de sua conversão, mas deve voluntariamente integrar-se a uma Igreja Local. Não é possível viver a plenitude do cristianismo amando a igreja universal (o conceito) enquanto se despreza a igreja local (a convivência real com pessoas imperfeitas).

Organismo e Organização

Outra distinção fundamental é entre a igreja como Organismo e como Organização.

Enquanto Organismo, a igreja é o Corpo vivo de Cristo. Ela é dinâmica, espiritual e vitalmente conectada a Jesus, que é a Cabeça. Neste aspecto, a ênfase recai sobre a vida, os dons espirituais e a relação vertical com Deus.

Contudo, a igreja também é uma Organização. O Novo Testamento não descreve uma anarquia espiritual, mas uma comunidade estruturada.

A Bíblia relata a instituição de cargos e funções, como a eleição de diáconos para servir às mesas (Atos 6), a ordenação de presbíteros e bispos, e o estabelecimento de ordem no culto. A organização serve para dar suporte à vida do organismo.

A Necessidade do Pertencimento Formal

Compreender a igreja como organização refuta a ideia moderna dos "desigrejados" — cristãos que alegam seguir a Jesus sem vínculo com nenhuma comunidade local. A Escritura pressupõe que todo crente esteja sob cuidado pastoral e responsabilidade mútua.

"Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas..." (Hebreus 13:17)

Para que um pastor "dê conta" de uma alma, é necessário saber quem faz parte do seu rebanho. Isso implica em um reconhecimento formal de pertencimento (rol de membros). Outras evidências bíblicas de organização incluem:

  • Listas de assistência: Havia critérios e listas para viúvas que recebiam ajuda da igreja (1 Timóteo 5:9), o que exige um cadastro.
  • Cartas de recomendação: Cristãos em viagem levavam cartas de suas igrejas de origem para serem recebidos em outras comunidades (2 Coríntios 3:1), provando seu vínculo e idoneidade.

Portanto, a organização eclesiástica — com seus cadastros, liderança e disciplina — não é uma invenção humana burocrática, mas uma ferramenta bíblica para o pastoreio, a proteção e o bom andamento da obra de Deus. O cristão deve, portanto, ser membro ativo tanto do corpo místico (pela fé) quanto da organização local (pelo compromisso).


Iury Rangel. Sistemática: Eclesiologia - Aula 1 (07/05/25). https://www.youtube.com/watch?v=hLo1lAOf1Fs&list=PLPzTWfHlWljo-QrJm2iz6inGOE7C-YYPD&index=4

Avatar de diego
há 42 minutos
Matéria: Bíblia
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