Não Olhe para a Escassez: O Poder da Providência, Gratidão e Multiplicação na Sua Vida

1. A Ordem Divina de Elias: Preservação e Preparação Antecipada

A jornada de fé frequentemente se inicia com um ato de coragem, e a história do profeta Elias é um exemplo marcante disso. Após confrontar diretamente o rei Acabe e declarar, em nome de Deus, uma seca severa sobre a terra, Elias recebe uma instrução divina que, à primeira vista, poderia parecer um recuo: "saia daqui vá para o leste e esconda-se perto do riacho de Querite". Este momento nos ensina uma lição fundamental sobre a sabedoria divina: nem sempre estar em evidência é sinal de força.

"Tem horas que sair de cena não é uma mensagem que você tá mal é apenas uma forma de se preservar."

O recolhimento de Elias não era uma punição, mas uma estratégia de proteção. Deus, sabendo que a vida do profeta estaria em risco após desafiar o poder estabelecido, providenciou um lugar de refúgio. No entanto, a soberania divina vai além da simples proteção; ela se manifesta na preparação que antecede a própria necessidade.

Ao enviar Elias para o riacho, Deus revela um princípio poderoso. A instrução foi: "você beberá do riacho e dei ordens aos corvos para o alimentarem". A ênfase no tempo verbal é crucial: "dei ordens", no passado. A provisão não seria acionada pela fome de Elias; ela já havia sido estabelecida antes mesmo de o profeta sentir a necessidade.

"Deus não espera uma necessidade surgir para preparar a provisão, não. Ele providencia antes."

Esse princípio transcende a história de Elias e revela o caráter de um Deus que está sempre à nossa frente. Uma analogia profunda se encontra no plano da salvação: a Bíblia ensina que o Cordeiro foi sacrificado "desde a fundação do mundo", muito antes da queda de Adão. Deus não esperou o homem pecar para, então, elaborar um plano de resgate. O socorro já estava preparado. A mensagem é clara: Deus não vai preparar; Ele já preparou. Muitas bênçãos e livramentos já foram ordenados a nosso favor, mesmo que ainda não tenhamos consciência deles.

Este conceito é ilustrado vividamente na experiência pessoal compartilhada pelo cantor Davi Sacer. Em um momento de adoração, ele teve uma visão de um arqueiro celestial lançando flechas de fogo em um mapa-múndi. Cada flecha tinha o nome de canções que ele ainda não havia composto, mas que, em seu espírito, ele sabia que eram suas, dadas por Deus. Anos mais tarde, essas canções se tornaram realidade, confirmando que ele caminhou em direção a algo que já estava preparado. Ele estava sendo moldado para um propósito pré-estabelecido, assim como Elias foi guiado para uma provisão já ordenada.

Portanto, mesmo quando a provisão ainda não chegou visivelmente, isso não significa que ela não esteja preparada. A nossa jornada de fé é aprender a confiar que, seja em tempos de exposição ou de recolhimento, a mão de Deus já traçou o caminho e ordenou os "corvos" que trarão o sustento no tempo certo.


2. Ribeiros que Secam: Desapego de Provisões Temporárias

Após um período de sustento sobrenatural, a estabilidade de Elias no riacho de Querite é abruptamente interrompida por uma realidade inevitável: "algum tempo depois o riacho secou-se por falta de chuva". Este evento marca uma transição crucial na jornada do profeta e nos ensina uma das lições mais difíceis da caminhada espiritual: a impermanência das provisões.

O grande perigo não é a mudança em si, mas a nossa incapacidade de percebê-la. Quando um "ribeiro" em nossa vida começa a diminuir seu nível — seja um emprego, um relacionamento ou uma fonte de segurança financeira — e não nos damos conta, somos pegos de surpresa, o que inevitavelmente leva à frustração. A frustração é, por definição, o resultado de um ideal estabelecido que não foi alcançado. Colocamos nossas expectativas em algo que, por sua natureza, era temporário.

"O problema aqui não é o ribeiro sem água. O problema aqui é a expectativa que muitas vezes nós colocamos em provisões temporárias."

É fundamental entender a diferença entre provisão e destino. Para Elias, o riacho de Querite era confortável, com água fresca e alimento diário. Contudo, no plano soberano de Deus, aquele lugar nunca foi o destino final. Era apenas uma estação de passagem, uma provisão temporária para um tempo de transição. O propósito do ribeiro era sustentar Elias para o próximo passo, e não se tornar sua morada permanente. O grande ensinamento é: não coloque seu coração em um ribeiro que pode secar. Desfrute, seja grato, mas mantenha-se preparado para seguir em frente.

Muitas vezes, quando uma porta se fecha ou uma fonte de provisão cessa, nossa primeira reação é culpar as circunstâncias ou até mesmo o inimigo. No entanto, a mensagem revelada nesta passagem é profundamente transformadora:

"Tem muitas coisas que você pensa que foi o diabo, e Deus me trouxe hoje aqui para falar com você: tem ribeiros que Eu te expulso."

Deus, em Seu amor protetor, por vezes permite que nossos ribeiros sequem para nos salvar de nós mesmos. Se Elias permanecesse em Querite, acomodado e seguro, ele perderia o destino maior que Deus havia preparado para ele. O ribeiro era o meio, não o fim. Assim, Deus fecha a torneira da provisão para que não percamos o nosso destino. Ele nos obriga a sair de lugares confortáveis para que a Sua vontade maior se cumpra.

Isso nos leva ao conceito de inteligência emocional e espiritual: a capacidade de entender que, embora precisemos das provisões, não podemos depender delas. O pior erro que uma pessoa pode cometer é atrelar sua existência e sua segurança a ribeiros que, inevitavelmente, um dia secarão. Precisamos de pessoas, mas dependemos apenas de Deus. Precisamos de recursos, mas nossa fonte é o Criador. A exortação divina é clara: pare de colocar seu coração em pessoas que podem errar, em negócios que podem quebrar e em seguranças que são, por natureza, frágeis. O ribeiro foi bom, mas o que Deus tem para você vai muito além.


3. A Viúva de Sarepta: O Poder do Reconhecimento e da Gratidão

Com o ribeiro seco, Elias recebe uma nova direção: ir para a cidade de Sarepta, onde Deus, mais uma vez, já havia preparado a provisão. A instrução divina foi clara: "ordenei a uma viúva daquele lugar que lhe forneça comida". No entanto, ao chegar, o profeta se depara com uma realidade desconcertante. A viúva designada para sustentá-lo estava, aparentemente, em uma situação pior que a dele, recolhendo gravetos para preparar sua última refeição antes de esperar a morte.

A resposta dela ao pedido de Elias revela a essência de uma mentalidade de escassez: "Não tenho nenhum pedaço de pão, só um punhado de farinha". Nesta frase reside uma profunda verdade espiritual. Ela não diz "não tenho nada", mas sim que só tem "um punhado".

"Às vezes a mão está cheia, mas a boca insiste em falar que ela tá vazia."

Este é o perigo de uma perspectiva focada na falta. Quem só enxerga a escassez não consegue perceber que já possui o suficiente para viver o extraordinário. A estratégia do inimigo é precisamente esta: canalizar toda a nossa atenção para o que não temos, para a parte vazia do copo, impedindo-nos de celebrar e agradecer a Deus pelo que já está em nossas mãos.

A mais antiga ilustração dessa tática está no Jardim do Éden. Deus ofereceu a Adão e Eva um paraíso inteiro, com liberdade para desfrutar de "toda a árvore do jardim". Contudo, a serpente direcionou o foco deles para a única exceção. O resultado foi trágico:

"Troca um jardim inteiro com toda sorte de árvores frutíferas por causa de uma que faltava."

Quando focamos no que nos falta, desonramos e, consequentemente, perdemos o que já nos foi dado. A chave para reverter esse processo destrutivo é o poder do reconhecimento. O que você não reconhece, você não consegue desfrutar. Para muitos, um novo dia é apenas mais um dia. Mas para aquele que tem fé, a perspectiva é outra: "Este é o dia que o Senhor fez". Somente quem reconhece a autoria divina no tempo presente pode verdadeiramente se alegrar e desfrutar dele.

Isso nos chama a cultivar o contentamento — a habilidade de encontrar sentido, razão e prazer naquilo que Deus já colocou em nossa mão. Talvez a vida não seja como a idealizamos, o casamento não seja perfeito, ou os sonhos ainda não tenham se realizado por completo. Mas um olhar honesto ao redor revela inúmeros motivos para agradecer.

"Olhe ao seu redor e veja tudo que Deus já fez na sua vida, e aí você vai entender que você tem muito mais motivo para agradecer do que para reclamar."

Deus deseja gerar em nós um novo comportamento: a capacidade de reconhecer, desfrutar e celebrar cada dádiva. Ao invés de lamentar pelo que falta, somos convidados a agradecer pelo que já temos, pois é exatamente nesse "punhado" de farinha, reconhecido e entregue, que o milagre da multiplicação está prestes a começar.


4. A Unção da Multiplicação: Gratidão pelo Pouco

Uma vez que mudamos nossa perspectiva da escassez para o reconhecimento, nos posicionamos para acessar um dos princípios mais poderosos do Reino de Deus: a unção da multiplicação. A gratidão não é apenas um sentimento; é a chave que destrava a abundância divina, mesmo a partir de recursos aparentemente insignificantes.

O exemplo supremo desse princípio é encontrado no milagre da multiplicação dos pães e peixes. Diante de uma multidão faminta de mais de cinco mil homens, Jesus não perguntou sobre o que faltava, mas sim sobre o que eles tinham. A resposta foi quase irrisória: cinco pães e dois peixes. Diante do que parecia ser o fim dos recursos, Jesus não lamentou. Ele tomou o pouco que havia e "deu graças". A gratidão precedeu o milagre.

"Só acessa a unção da multiplicação quem primeiro aprende o que é gratidão."

Essa verdade estabelece um padrão espiritual claro: quem não agradece, perde; quem agradece, multiplica. Quem foca na falta, vive na falta. Mas quem cultiva uma vida de gratidão, por menor que seja a provisão, abre as portas para uma multiplicação tão extraordinária que resulta em cestos cheios de sobras.

Nossa tendência humana é olhar para nosso "punhado de farinha" e considerá-lo um problema, um limitador. Mas a perspectiva divina é radicalmente diferente.

"O pouco pode ser pouco para você, o pouco pode ser um problema para você, mas para Deus o pouco nunca foi um problema, porque Deus tem poder de multiplicar."

É aqui que nossa mentalidade precisa ser transformada. O que você chama de "pouco", Deus chama de "começo". O que você considera o "fim" das suas possibilidades, Deus declara ser o "início" da Sua intervenção sobrenatural. O milagre não começa com o que está na mão de Deus, mas com o que está na sua mão. A abundância que você precisa não virá do nada; ela será gerada a partir do que você já possui, desde que seja entregue a Ele com um coração agradecido.

A semente que está em suas mãos hoje, quando regada com gratidão, se tornará em "celeiros cheios e abundante chuva". O que era pouco para a viúva de Sarepta era o suficiente para Deus operar. O que era insuficiente para alimentar a multidão era o ponto de partida para o milagre de Jesus. A lição é poderosa e libertadora: pare de desprezar o que você tem. Entregue a Deus, agradeça, e prepare-se para desfrutar da unção da multiplicação, pois Ele fará infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos.


5. A Palavra Profética: Mais Poderosa que Planos

O milagre na casa da viúva de Sarepta não aconteceu apenas porque ela tinha um punhado de farinha, mas porque aquele recurso se conectou com um elemento divino e transformador: a palavra profética trazida por Elias. O pouco que temos em nossas mãos, quando unido à palavra de Deus, torna-se a matéria-prima para o sobrenatural.

"Você não precisa de muito, você só precisa que o que tá na sua mão se conecte com uma palavra."

Esta verdade desafia nossa confiança excessiva em estratégias humanas. Vivemos em um mundo que valoriza planos de negócio, planejamentos de carreira e estratégias financeiras, mas a sabedoria divina nos aponta para uma fonte de segurança superior.

"Ter uma palavra de Deus é muito melhor do que ter um bom plano."

A história está repleta de exemplos que validam essa afirmação. Pessoas que alcançaram grande sucesso e riqueza — o "muito" — mas, por não terem suas vidas e recursos alicerçados em uma palavra de Deus, viram tudo se dissipar. O dinheiro ganho sem propósito divino, a fama construída sobre fundamentos frágeis; tudo isso pode acabar. Em contraste, o "pouco" que é governado por uma promessa de Deus possui uma resiliência sobrenatural.

"O muito sem uma palavra de Deus pode acabar. Agora, o pouco com a palavra de Deus... ah, não vai faltar farinha na panela, não vai acabar o azeite na botija."

Quando vivemos sob a direção da palavra de Deus, o Deus da multiplicação visita nossa casa todos os dias. Ele garante que a provisão nunca cesse, pois nossa fonte não está no recurso em si, mas na promessa que o acompanha. Assim como uma pequena nuvem, do tamanho da mão de um homem, foi o sinal para Elias de que uma chuva abundante estava a caminho, o pouco que temos, quando unido a uma palavra de Deus, é o sinal de que a bênção está vindo em nossa direção.

É por isso que a decisão mais importante da vida não é acumular recursos, mas escolher viver pela palavra de Deus. Fazer uma confissão de fé é declarar o fim da autossuficiência e o início de uma vida guiada por Suas promessas. É entender que a verdadeira segurança não está naquilo que possuímos, mas Naquele que prometeu nos sustentar.


6. Nova Estação e Várias Portas: O Impacto da Presença de Deus

Viver sob a autoridade da palavra de Deus, com um coração grato e desapegado de provisões temporárias, nos posiciona na antessala de uma transformação radical. Quando o ambiente espiritual está carregado com a presença e a unção de Deus, milagres se tornam iminentes. É nesse ponto que entramos em uma nova fase da jornada.

"Nós estamos mais próximos da nova estação do que imaginamos."

Essa nova estação não é caracterizada por uma melhoria singular ou isolada, mas por um avanço amplo e multifacetado. A promessa divina transcende uma única solução para um único problema; ela anuncia uma abertura em todas as frentes da vida.

"Eu não estou dizendo uma porta, eu disse várias portas."

O impacto desse mover de Deus é abrangente. Ele alcança o núcleo da nossa existência, começando pela família, que será profundamente impactada, e se manifestando em respostas de orações aguardadas há muito tempo. O resultado visível dessa transformação será a celebração: um tempo de festas, formaturas e confraternizações que testemunham o sucesso e a bênção de Deus. Essa onda de favor se estende também à vida profissional e aos negócios, prometendo um tempo de prosperidade nunca antes desfrutado.

Contudo, essa nova estação de bênçãos não nos isenta de oposição. Deus reconhece os ataques e as armadilhas preparadas para destruir e arrancar o que Ele tem nos dado. Mas Sua resposta é uma promessa de proteção inabalável. Ele declara: "Eu blindo a sua vida, blindo a tua casa, blindo os teus sentimentos, blindo a tua família". É um escudo divino que nos guarda em meio ao avanço, garantindo que o propósito d'Ele se cumpra de forma segura e permanente em nós e através de nós.


Síntese em Tabela

Subtópico Pontos Principais Conceitos-Chave e Definições Dados e Estatísticas Relevantes Citações e Referências Importantes
1. A Ordem Divina de Elias: Preservação e Preparação Antecipada - Sair de cena pode ser uma estratégia divina de preservação. <br> - A provisão de Deus é preparada antes da necessidade se manifestar. <br> - Deus age de forma proativa, não apenas reativa. Providência Antecipada: O princípio de que Deus prepara a solução (corvos, o Cordeiro) antes mesmo do problema (fome, a queda) existir. (N/A) 'Dei ordens aos corvos.' <br> 'Deus não espera uma necessidade surgir para preparar a provisão.' <br> 'O cordeiro já havia sido sacrificado desde a fundação do mundo.' (Apocalipse 13:8)
2. Ribeiros que Secam: Desapego de Provisões Temporárias - Provisões terrenas são cíclicas e podem acabar. <br> - A frustração nasce da expectativa em fontes temporárias. <br> - Deus pode orquestrar o fim de um ciclo para nos mover em direção ao nosso destino. <br> - A dependência deve estar em Deus, não em Suas dádivas. Provisão vs. Destino: Distinção entre o meio temporário (o ribeiro) e o propósito final de Deus. O meio não pode se tornar o destino. (N/A) 'O riacho secou-se.' (1 Reis 17:7) <br> 'Não coloque o seu coração em um ribeiro que pode se secar.' <br> 'Tem ribeiros que Eu te expulso.' <br> 'Eu preciso do Ribeiro, mas não dependo dele.'
3. A Viúva de Sarepta: O Poder do Reconhecimento e da Gratidão - A mentalidade de escassez foca no que falta, ignorando o que já se tem. <br> - Reconhecer o que temos é o primeiro passo para desfrutá-lo. <br> - A gratidão é a resposta à estratégia inimiga da insatisfação. Mentalidade de Escassez: A percepção de que os recursos são insuficientes, mesmo quando se tem o necessário para o milagre (ex: a mão cheia com a boca vazia). 'um punhado de farinha' 'Às vezes a mão está cheia, mas a boca insiste em falar que ela tá vazia.' <br> 'Tudo que você não reconhece, você não desfruta.' <br> 'Este é o dia que o Senhor fez.' (Salmos 118:24)
4. A Unção da Multiplicação: Gratidão pelo Pouco - A gratidão é a chave de acesso para a multiplicação sobrenatural. <br> - Jesus agradeceu pelo pouco antes de ele ser multiplicado. <br> - O que consideramos "pouco" é o "começo" para Deus. <br> - O milagre começa com o que está em nossas mãos. Unção da Multiplicação: A capacitação divina para aumentar exponencialmente os recursos, ativada pela fé e gratidão. 5.000 homens, 5 pães e 2 peixes. 'Só acessa a unção da multiplicação quem primeiro aprende o que é gratidão.' <br> 'Quem não agradece perde, quem agradece multiplica.' <br> 'O que você chama de pouco, Deus chama de começo.'
5. A Palavra Profética: Mais Poderosa que Planos - O recurso material precisa se conectar com a palavra de Deus para gerar milagres. <br> - Uma palavra de Deus é mais segura e sustentável que qualquer planejamento humano. <br> - O "muito" sem a palavra pode acabar; o "pouco" com a palavra se sustenta. Sustentabilidade da Palavra: O conceito de que a promessa de Deus garante a continuidade da provisão, independentemente da quantidade inicial do recurso. Exemplos: Jogadores de futebol, ganhadores da Mega Sena. 'Ter uma palavra de Deus é muito melhor do que ter um bom planejamento.' <br> 'O pouco com a palavra de Deus não vai faltar farinha na panela.'
6. Nova Estação e Várias Portas: O Impacto da Presença de Deus - Viver segundo os princípios de Deus nos aproxima de uma "nova estação". <br> - A bênção divina é abrangente, abrindo "várias portas". <br> - O avanço é acompanhado por uma "blindagem" divina contra ataques. Blindagem Divina: A proteção sobrenatural de Deus sobre todas as áreas da vida (casa, família, sentimentos) durante um período de avanço. (N/A) 'Estamos mais próximos da nova estação do que imaginamos.' <br> 'Eu não estou dizendo uma porta, eu disse várias portas.' <br> 'Eu blindo a sua vida, blindo a tua casa.'

Aplicação Prática

Compreender os princípios da providência, gratidão e multiplicação é o primeiro passo. A verdadeira transformação, no entanto, acontece quando levamos esses conceitos do campo das ideias para a prática diária. A seguir, apresentamos um guia com passos concretos para aplicar os ensinamentos deste artigo em sua vida.

1. Pratique o Inventário da Gratidão (Combata a Mentalidade de Escassez)

A base para a multiplicação é o reconhecimento. O diabo quer que você olhe para a escassez; Deus quer que você olhe para a Sua mão. Treine seu foco para enxergar o que já foi dado.

  • Passos Concretos:

    1. Liste seu "Punhado de Farinha": Pegue um caderno ou abra um aplicativo de notas e faça uma lista honesta de tudo que você tem hoje. Não despreze nada. Inclua saúde, família, amigos, um teto sobre a cabeça, o alimento na despensa, um emprego (mesmo que não seja o dos sonhos), talentos e habilidades. Esta é a prática de "olhar para a sua mão".
    2. Agradeça Antes de Pedir: Transforme sua vida de oração. Antes de apresentar a Deus sua lista de necessidades, comece agradecendo especificamente pelos itens que você listou no passo anterior. Isso alinha seu coração com o de Jesus, que deu graças pelos pães e peixes antes do milagre.
    3. Verbalize sua Gratidão: Durante o dia, faça pausas intencionais para dizer em voz alta: "Obrigado, Deus, por...". Isso quebra o ciclo de pensamentos negativos e reclamações.
  • Exemplos para Diferentes Contextos:

    • Pessoal: Mantenha um "Diário da Gratidão" ao lado da sua cama. Anote três coisas pelas quais você é grato antes de dormir.
    • Familiar: Durante uma refeição em família, estabeleça o hábito de cada um compartilhar um motivo de gratidão do dia. Isso ensina as crianças a enxergarem as bênçãos.
  • Exercício de Reflexão:

    • Qual "jardim" de bênçãos você tem ignorado por focar em uma única "árvore" que falta?
    • Pense em algo que você tem hoje e que, no passado, foi uma oração respondida. Você tem celebrado essa vitória?

2. Navegue os "Ribeiros Secos" com Sabedoria (Desapego e Confiança)

Aprender a lidar com o fim de ciclos é crucial para a maturidade espiritual e emocional. A segurança não está na provisão, mas no Provedor.

  • Passos Concretos:

    1. Identifique seus "Ribeiros": Em sua lista, identifique quais são suas principais fontes de segurança atuais (seu emprego, uma pessoa, seus investimentos, seu cargo).
    2. Avalie sua Dependência: Ao lado de cada item, pergunte-se com sinceridade: "Se isso acabasse hoje, minha paz e minha identidade seriam destruídas?". A resposta revelará onde está sua dependência. Lembre-se: "Eu preciso do ribeiro, mas não dependo dele".
    3. Mude a Pergunta: Se você está enfrentando o "secar" de um ribeiro, resista ao pânico. Em oração, mude a pergunta de "Por que isso está acontecendo?" para "Senhor, qual é a Sarepta para a qual Tu estás me guiando?".
  • Exemplos para Diferentes Contextos:

    • Profissional: Se o mercado de trabalho está instável, não veja isso como uma ameaça, mas como um convite de Deus para desenvolver novas habilidades e se preparar para as "várias portas" que Ele abrirá.
    • Comunitário: Se um ministério ou projeto na igreja está perdendo o fôlego, não se apegue a ele por tradição. Entenda que pode ser Deus secando aquele ribeiro para fazer fluir algo novo e mais relevante para a estação atual.

3. Ative a Multiplicação com a Palavra (Fé e Ação)

O seu "pouco" é o suficiente para Deus começar. O que ativa o milagre é a conexão desse recurso com a palavra d'Ele.

  • Passos Concretos:

    1. Conecte seu Recurso a uma Promessa: Escolha uma área onde você sente que tem "pouco" (finanças, tempo, influência, talento). Em seguida, pesquise na Bíblia e encontre uma promessa de Deus que se aplique a essa área (ex: para finanças, Filipenses 4:19; para talentos, 1 Pedro 4:10).
    2. Dê o Primeiro Passo de Fé: O milagre da viúva começou quando ela fez o primeiro bolo para Elias. Qual é o seu "primeiro bolo"? Pode ser usar seu pequeno talento para servir alguém, investir uma pequena quantia em um projeto, ou dedicar 30 minutos do seu "pouco tempo" para orar por alguém. A ação, baseada na palavra, destrava a multiplicação.
  • Exercício de Ação:

    • O que você chama de "pouco" que Deus está chamando de "começo"? Identifique uma coisa e decida hoje como você vai colocá-la nas mãos de Deus através de uma ação de fé.

Conclusão Reflexiva

A jornada de Elias, desde a ousada confrontação ao rei Acabe até o milagre silencioso na casa de uma viúva, é um poderoso mapa para a nossa própria caminhada de fé. Ela nos ensina que Deus está sempre à nossa frente, preparando a provisão antes mesmo que a necessidade surja. Mostra-nos que os ribeiros que secam não são sinais de abandono, mas redirecionamentos divinos que nos forçam a sair de nossa zona de conforto para não perdermos o nosso destino. Acima de tudo, revela que a gratidão é a chave que transforma a percepção de escassez em um portal para a abundância.

A mensagem central é um convite para uma mudança radical de perspectiva. Onde você tem fixado o seu olhar? No jardim que lhe foi dado ou na única árvore que lhe foi vedada? No riacho que secou ou na nova direção que Deus está apontando? A instrução divina ecoa através dos séculos: não olhe para a sua falta. Não meça suas possibilidades pelo tamanho do seu recurso, mas pela imensidão da Palavra que o sustenta.

Portanto, a escolha é sua, hoje e a cada novo dia. Você pode continuar a viver refém da mentalidade de escassez ou pode se levantar em fé, apresentando a Deus o seu "punhado de farinha". Pare de lamentar pelo que não tem e comece a celebrar o que já está em suas mãos. Pois o seu pouco, quando reconhecido com gratidão e conectado a uma promessa divina, não é apenas suficiente. É o exato ponto de partida para Deus fazer o extraordinário em sua vida.


Fonte: https://youtu.be/o_xw1TJZU3o?si=zS28TUj-mJNIoOyM

Avatar de diego
há 3 semanas
Matéria: Religião
Artigo
47

0 Comentários

Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!

Você precisa entrar para comentar.